A série Guerra Fria foi uma produção da TV Cultura de São Paulo. Os episódios eram simplesmente sensacionais. No link abaixo você tem acesso aos textos de todos os episódios,

1 - UMA DESCRIÇÃO PANORÂMICA
"A Guerra Fria foi um período em
que a guerra era improvável, e a paz, impossível."
Com
essa frase, o pensador Raymond Aron definiu o período em que a
opinião pública mundial acompanhou o conturbado relacionamento
entre os Estados Unidos e a União Soviética.Este é
o início do primeiro programa da série. O telespectador
tem contato com um panorama da Guerra Fria, desde o fim da Segunda Guerra
Mundial até a primeira metade dos anos 90, numa prévia dos
assuntos abordados nos demais programas. Depoimentos do jornalista José
Arbex Jr.
2 - A QUESTÃO
CULTURAL NO MUNDO
O programa debate
as influências da Guerra Fria sobre a produção cultural
em todo o mundo, e a utilização dos valores culturais como
instrumento de propaganda ideológica.
O
poder da imagem torna-se questão estratégica durante o século
XX, com o desenvolvimento de mídias de grande impacto, como a fotografia,
o cinema, o rádio e a televisão. Durante a Guerra Fria,
comunistas e capitalistas servem-se dos meios de comunicação
e de todas as formas de produção cultural para difundir
seus ideais de vida em sociedade.Depoimentos do jornalista Arbex Jr.,
do historiador Nicolau Sevcenko e do escritor e jornalista Antônio
Bivar.
3 - A CORRIDA ARMAMENTISTA
Em agosto de 1945, forma-se nos céus
de Hiroshima e Nagasaki uma das imagens mais assustadoras do poder de
destruição do homem.
A
bomba atômica anuncia o começo de um novo tempo para a humanidade:
um tempo em que o ser humano pode acabar em instantes com seu próprio
planeta.O surgimento da bomba atômica desencadeou o pesadelo da
chamada "hecatombe nuclear", um receio generalizado de que o ataque de
uma das superpotências iniciaria uma guerra cujo desfecho seria
o fim da vida humana na Terra.O programa focaliza a delirante disputa
entre Estados Unidos e União Soviética pela supremacia bélica
e militar nos tempos da Guerra Fria.Depoimentos de Roberto Godoy, jornalista
e analista de assuntos militares.
4
- A CORRIDA ESPACIAL
Ninguém sabe,
exatamente, quando o homem teve pela primeira vez o desejo de voar.
Sabemos
que é uma ambição muito antiga. A mitologia, a arte
e a literatura de todas as épocas estão repletas de imagens
de homens-pássaros e do anseio humano de alcançar os céus.No
século XX, este desejo estava latente no grande esforço
tecnológico empreendido no período da Guerra Fria. Estados
Unidos e União Soviética disputavam quem obteria primeiro
maior domínio e conhecimento do espaço. O programa mostra
as principais conquistas das superpotências na busca da supremacia
espacial.Depoimentos do jornalista José Arbex Jr.
5
- A ESPIONAGEM
Ninguém
sabe, exatamente, quando o homem teve pela primeira vez o desejo de voar.
A
atividade ligava-se diretamente à necessidade que as superpotências
tinham de saber detalhes sobre as novas conquistas tecnológicas
do adversário. As ações de espionagem da CIA e da
KGB eram um termômetro das relações entre Estados
Unidos e União Soviética. Ações desprovidas
de conceitos como moral e ética, uma rotina que faz parte de uma
história ainda muito mal contada.O programa analisa o desenvolvimento
das agências de espionagem na segunda metade do século e
o novo papel dos espiões depois do fim da Guerra Fria. Depoimentos
do jornalista José Arbex Jr. e do historiador Jaime Pinsky.
6
- O TERRORISMO
Formalmente, terrorismo é
o uso da violência sistemática, com objetivos políticos,
contra civis ou militares que não estão em operação
de guerra.
O
método básico do terrorismo é a destruição
da vida humana, em nome de certos princípios ideológicos,
políticos ou religiosos.O terrorismo não surgiu em nosso
século, mas seu auge aconteceu durante os anos da Guerra Fria.
E não foi por acaso. A Guerra Fria pode ser descrita como um sistema
de equilíbrio entre dois blocos inimigos que se baseava no terror.
O programa mostra como a chamada "cultura da Guerra Fria" estimulou a
multiplicação de grupos terroristas. Depoimentos do jornalista
José Arbex Jr.
7
- O BLOCO SOCIALISTA: LESTE EUROPEU
Berlim, julho de 1945: os líderes
da União Soviética, Grã-Bretanha e Estados Unidos reúnem-se
na Conferência de Potsdam.
Em
pauta, a reorganização geopolítica, econômica
e financeira do planeta após a Segunda Guerra Mundial. O mundo
é dividido em esferas de influência das superpotências.
Durante 44 anos, os países da Europa Oriental, integrantes do bloco
socialista, dão sustentação à política
internacional da União Soviética. O programa mostra o leste
europeu nos anos da Guerra Fria.
8
- O BLOCO SOCIALISTA: ÁSIA
O primeiro regime
socialista da Ásia surgiu em 1924, com a proclamação
da República Popular da Mongólia.
Depois,
vieram o Vietnã do Norte em 1945 e a Coréia do Norte em
48. Mas, sem dúvida, foi a entrada da China no mundo socialista
que abalou o equilíbrio entre as grandes potências no final
dos anos 40.
Com a chegada de Mao Tse-tung ao poder, a política interna dos países asiáticos passou a ser influenciada pela lógica da Guerra Fria.No programa, os principais acontecimentos na Ásia na segunda metade do século XX. Depoimentos do geógrafo Nélson Bacic Olic e do jornalista Jayme Martins.
9
- O TERCEIRO MUNDO: ORIENTE MÉDIO
Com
essas características, o Oriente Médio tornou-se um dos
centros nevrálgicos da Guerra Fria. A criação do
Estado de Israel, em 1948, agitou um passado milenar, que logo seria submetido
ao jogo de xadrez das superpotências. Na segunda metade do século
XX, a região transformou-se num grande barril de pólvora.Depoimentos
do rabino Henry Sobel, do presidente da Federação Árabe-Palestina
no Brasil, Hasan El-Emleh, e do geógrafo Nélson Bacic Olic.
10 - O TERCEIRO MUNDO:
ÁFRICA
A África costuma lembrar cenas de
guerras, fome, seca, miséria. São quase 700 milhões
de habitantes, vivendo em 52 Estados, numa área de 30 milhões
de quilômetros quadrados. Em seu conjunto, a população
africana vive uma situação incomparável de tragédia
humana.Apesar da extrema miséria, a África ocupou um lugar
importante durante a Guerra Fria.
A
luta pela independência, desenvolvida em diversos países,
ganhou força na segunda metade do século XX. O apoio a esses
grupos nacionalistas, por parte de Washington e Moscou, contava pontos
na disputa ideológica da Guerra Fria.O programa relembra um pouco
da história da África e analisa o processo de descolonização
do continente dentro do contexto da Guerra Fria. Depoimentos da historiadora
Maria Helena Senise e do antropólogo Carlos Serrano.
11 - O TERCEIRO MUNDO:
AMÉRICAS
"A América para os americanos"
Esse slogan resumia a doutrina lançada em 1823 pelo presidente
dos Estados Unidos, James Monroe.
A
doutrina estabelecia como prioridade, na política externa, a ampliação
da influência de Washington sobre os países do continente
americano. Essa hegemonia de fato foi garantida até a primeira
metade do século XX. Mas, após a Segunda Guerra Mundial,
os norte-americanos precisaram reformular a política externa para
fazer frente à expansão do socialismo. E, em 1959, revolução
cubana inaugurou a Guerra Fria nas Américas. O programa mostra
o jogo de dominação ideológica na América
Latina durante os anos da Guerra Fria. Depoimento da socióloga
Maria Victoria Benevides.
12 - A QUESTÃO CULTURAL NO BRASIL
No Brasil, como em praticamente todos
os países ocidentais, o uso da tecnologia na vida cotidiana reflete
um determinado modo de vida, um ideal de felicidade inspirado na sociedade
consumista surgida nos Estados Unidos nos anos 20.
Foi
justamente a partir desse modo de vida típico do capitalismo que
se desenvolveu a mensagem ideológica ocidental durante a Guerra
Fria.O programa mostra de que forma o Brasil se colocava diante da forte
influência cultural norte-americana, e como se deflagraram os movimentos
artísticos brasileiros no período da Guerra Fria. Depoimentos
de Nélson Schapochnik, professor de história da arte, e
do cardeal-arcebispo D. Paulo Evaristo Arns.
13 - O FIM DA GUERRA FRIA:
A ERA GORBATCHEV
A partir da ascensão de Mikhail
Gorbatchev, em 1985, a União Soviética experimentou uma
fase de transição rumo a uma nova ordem política,
ao modelo de economia de mercado e a uma nova orientação
nas relações internacionais.
O
mundo conheceu as expressões glasnost e perestroika, dois conceitos
que lançaram as bases daquilo que se convencionou chamar de Nova
Ordem Mundial.O programa analisa o papel de Gorbatchev nos acontecimentos
que colaboraram para o fim da União Soviética e, por extensão,
da própria Guerra Fria. Depoimentos da economista Lenina Pomeranz
e do jornalista José Arbex Jr.
14 - A NOVA
ORDEM MUNDIAL
No final de 1989, o mundo sofria o impacto
da derrubada do Muro de Berlim.A crise que o socialismo atravessava parecia
prenunciar a falência do bloco soviético. Os Estados Unidos
apareciam diante do mundo como os vencedores da Guerra Fria, como a única
superpotência, aquela que passaria a ser a voz decisiva na consolidação
da nova ordem mundial que surgia em meio aos escombros do Muro de Berlim.
O
programa faz um balanço dos primeiros anos que o mundo viveu sem
o histórico jogo de equilíbrio entre Estados Unidos e União
Soviética e analisa as perspectivas de uma convivência internacional
verdadeiramente democrática no início do século XXI.
Depoimentos do professor de geografia humana Demétrio Magnoli e
do jornalista José Arbex Jr.

Com a chegada de Mao Tse-tung ao poder, a política interna dos países asiáticos passou a ser influenciada pela lógica da Guerra Fria.No programa, os principais acontecimentos na Ásia na segunda metade do século XX. Depoimentos do geógrafo Nélson Bacic Olic e do jornalista Jayme Martins.
O Oriente Médio
é uma das regiões mais fascinantes do planeta.Habitado
desde tempos imemoriais, é uma área estratégica
do ponto de vista econômico, principalmente por causas do
petróleo. É também um importante cenário
geopolítico e militar, porque serve de passagem entre a Europa
e a Ásia.
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